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Serrote Volume 31

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A 31ª edição da serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, chega às livrarias na primeira quinzena de março. Um dos destaques é o texto “O tirano segundo Shakespeare”, em que o historiador americano Stephen Greenblatt (1943) discorre sobre a representação dos líderes autoritários na obra do dramaturgo inglês. “As peças de Shakespeare investigam os mecanismos psicológicos que levam uma nação a abandonar seus ideais e até seu próprio interesse”, afirma o historiador. Este ensaio abre seu livro mais recente, Tyrant – Shakespeare on Politics, inédito no Brasil, recebido como uma resposta erudita aos desmandos da Era Trump. A revista traz também “O toldo vermelho de Bolonha”, do escritor e crítico inglês John Berger (1926-2017), lançado em 2007 como livro independente e publicado na serrote na íntegra. O texto é narrado por um homem que vaga pela cidade italiana reparando na rotina e nos traços culturais, artísticos e arquitetônicos da cidade, enquanto relembra a relação com seu tio, personagem singular por quem tinha grande fascínio. O ensaio é acompanhado por ilustrações de Paul Davis. Este número inclui outro livro inédito no país: “O homem – com variações”, do consagrado jornalista americano Joseph Mitchell (1908-1996). Lançada nos EUA em 2017, a obra reúne uma série de pequenas entrevistas que Mitchell realizou, em 1937, com o famoso antropólogo Franz Boas e seus discípulos na Universidade Columbia. Escritos com ironia, os perfis retratam os confrontos entre os pesquisadores e as teorias raciais em voga na época, como explicita uma das manchetes: “Os antropólogos riem quando Hitler fala de sua ‘Alemanha pura’”. Uma das principais vozes da filosofia contemporânea, o camaronês Achille Mbembe (1957) participa desta edição com a conferência “A ideia de um mundo sem fronteiras”. Mbembe reflete sobre a utopia de uma livre circulação de corpos e ideias, retomando práticas da África pré-colonial. Assim como Greenblatt, a historiadora Heloisa Murgel Starling (1956) recorre aos clássicos para analisar o atual cenário político. No ensaio “Se o impensável acontecer, mantenha a calma”, a pesquisadora reflete sobre as constantes ameaças que ainda rondam a democracia, abordando o papel do ativismo hoje e a retomada de autores como George Orwell e, especialmente, Hannah Arendt. As contradições do país também são analisadas pelo crítico Fred Coelho (1974) no ensaio “O Brasil como frustração”, que relembra como o projeto da construção de um novo país marcou o pensamento de artistas e acadêmicos, como Glauber Rocha, Mario Pedrosa e Gilberto Freyre. No ensaio “Três confrontos”, o editor da serrote, Paulo Roberto Pires (1967), analisa contos de três escritores: Franz Kafka, Guimarães Rosa e Rodolfo Walsh. Em suas obras, os autores recriam, a partir de situações minimalistas, o enfrentamento entre indivíduo e poder. O ensaísta americano Phillip Lopate (1943), por sua vez, reflete sobre a vida e a obra de autores solteiros, como Charles Lamb e Walter Benjamin, que escrevem de um ponto de vista singular, deslocados da família e da sociedade. “O narrador solteirão em primeira pessoa ama a ironia, parece incapaz de viver sem ela, pois acredita que ela corrige seus enganos e preconceitos, como óculos para astigmatismo”, afirma. Em “Sobre o constrangimento”, a americana Christy Wampole (1977) produz uma reflexão, carregada de humor, sobre as dificuldades de uma classe média que, em tempos de hiperconexão, não consegue lidar com o imprevisto, a falta de jeito e as diferenças. A serrote #31 traz também um ensaio visual da artista Rosana Paulino (1967), “História natural de um suposto paraíso tropical”, que reflete sobre a imagem do território e do povo brasileiro construída pelos europeus desde o período colonial. Esta edição apresenta ainda trabalhos de Caco Neves (que assina a capa da revista), Vasily A. Vlasov, Marcelo Amorim, Serge Alain Nitegeka, Alberto Martins, Bruno Moreschi e Daniel Bueno.

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